O brasileiro Henrique Marques fez história na manhã desta segunda-feira (27) ao conquistar a medalha de ouro na categoria até 80 kg no Mundial de Taekwondo, marcando o primeiro título masculino do país na competição. O ouro do atleta se soma ao de Maria Clara Pacheco, que havia vencido no Mundial de Wuxi, na China, no último sábado (25). A conquista de Maria Clara encerrou um jejum de 20 anos sem títulos mundiais para o Brasil desde o triunfo de Natália Falavigna, em Madri, em 2003.
Milena Titoneli também subiu ao pódio. Ela conquistou a medalha de prata na categoria até 67kg do Mundial de Taekwondo em Wuxi, na China. A atleta brasileira de 27 anos alcançou o resultado nesta terça-feira (28), após ser superada pela húngara Luana Marton na decisão. Esta é a terceira medalha do Brasil na edição, que já havia garantido dois ouros com Maria Clara Pacheco e Henrique Marques nos dias anteriores. A paulista chegou à final após vencer quatro adversárias consecutivas, mas não conseguiu superar Marton, que venceu o confronto em dois rounds. Com este resultado, Titoneli amplia sua coleção de medalhas em campeonatos mundiais.
Campanha histórica do Brasil
A vitória de Henrique confere ao Brasil o terceiro ouro em mundiais de taekwondo. Nesta edição, Maria Clara Pacheco também marcou história com uma campanha consistente, garantindo seu ouro contra a sul-coreana Kim Yu-jin, campeã olímpica em Paris, e o segundo para o país. Além deles, Natália Falavigna também já havia subido ao lugar mais alto do pódio em 2005, quando trouxe o primeiro ouro em mundiais para os brasileiros.
História de superação
Natural de Itaboraí, cidade no interior do Rio de Janeiro, Henrique é muito sincero sobre as dificuldades, especialmente financeiras, que enfrentou desde muito cedo no bairro onde cresceu. Cria de projeto social, encontrou o taekwondo ainda na infância, e desde então passou a se destacar nas categorias de base, com títulos continentais.
O maior baque, porém, veio em em 2023, a dois meses do Pan de Santiago, quando o jovem foi diagnosticado com um arritmia cardíaca e precisou passar por cirurgia, perdendo uma oportunidade importante de disputar a vaga olímpica. Recuperado do procedimento e do problema cardíaco, Henrique garantiu o passaporte para Paris pelo Pré-Olímpico das Américas.