Se não fossem os 10 minutos finais, a vitória do Flamengo sobre o Santos, no domingo, seria lembrada pela demonstração de força de um time que soube superar a dificuldade inicial para impor sua superioridade técnica. O apagão no fim e o susto desnecessário fizeram com que a equipe precisasse entrar de novo na partida para garantir o resultado em noite de lições aprendidas no Maracanã.

Se o Flamengo muitas vezes é criticado por jogar em marcha lenta como se a qualquer momento fosse fazer o gol – o que nem sempre acontece -, nesta partida pesou o senso de urgência, especialmente no segundo tempo.
Depois de uma primeira etapa equilibrada, na qual Léo Pereira garantiu a vantagem no placar, o time da casa entendeu a importância do confronto e voltou do intervalo de forma avassaladora. A equipe empilhou chances, perdeu até pênalti, sufocou o Santos e caminhava para uma vitória categórica por 3 a 0 até a desatenção no fim.

Com os dois gols santistas, a tensão voltou ao Maracanã, mas o Flamengo teve maturidade para segurar a bola no campo de ataque e não correr grandes riscos nos acréscimos.

A pressão da torcida antes e depois de a bola rolar se explicam pelo momento, de alguma maneira, instável. Assim como a última Data Fifa, esta será importante para Filipe Luís recuperar conceitos e corrigir comportamentos, além de priorizar a recuperação física. Porém, o time terá vários desfalques nas atividades por causa dos convocados para as seleções e faz um jogo atrasado contra o Sport no sábado, fora de casa. Ainda assim, é o respiro final antes das partidas mais importantes de 2025.